Cidade-Estado
Democracia antiga
Foi na Grécia, mais propriamente na cidade-estado (polis) de Atenas, no século V a.C. que nasceu a democracia. Era uma forma de governo totalmente nova e os seus criadores achavam ser a mais justa e a mais conforme com a dignidade do ser humano.
A Grécia foi, entre os séculos XX e XVII, invadida por sucessivas vagas de povos indo-europeus que aí se instalaram. Juntos deram origem aos Gregos ou Helenos (Helenos porque se julgavam filhos de Hélen) (Gregos foi-lhes dado mais tarde pelos latinos)
Um mundo de cidades-Estado
A Grécia antiga compreende-se na Península balcânica (Grécia continental), nas costas da Ásia menor (Grécia asiática), e entre estas duas margens, as numerosas ilhas que pontuam o mar Egeu (Grécia insular). O território grego é um território montanhoso e recortado que o mar mediterrâneo penetra profundamente.
A Polis
A polis termo pelo qual os gregos designavam as pequenas comunidades em que viviam.
O mundo helénico era constituído por uma multiplicidade de polis, minúsculas comunidades independentes organizadas em torno de um núcleo urbano.
Cada polis (ou cidade-Estado), ocupava naturalmente um território próprio.
A Atenas, por exemplo, pertencia a Ática. A Ática incluía zonas agrícolas e montanhosas, um porto de mar, o Pireu, tudo girando em volta da cidade. Os cidadãos atenienses viviam indiscriminadamente em qualquer lugar da Ática, dedicando-se às mais variadas ocupações.
A população de Atenas era sua na maioria, formada por escravos e estrangeiros, aos quais não era reconhecido o estatuto de cidadão. Por isso, o corpo cívico (conjunto de cidadãos) era muito reduzido.
Aos cidadãos, e só a eles, cabia a condução dos negócios públicos, a organização das cerimónias religiosas e a feitura das leis, às quais os gregos davam enorme respeito.
O território, o corpo cívico e um conjunto de leis próprias eram, pois, imprescindíveis à existência da polis. Os Gregos pensavam que a sua sobrevivência