Cibercultura
Um das grandes revoluções, senão a maior se analisarmos a partir da dimensão de seu impacto, certamente veio com o advento da internet. Desde sua criação, no final dos anos 1960 e início dos anos 1970, os homens passaram a se ver imersos em uma nova forma de acesso à comunicação e principalmente: de fazer comunicação. Friso a importância do fazer comunicação, pois esse é o ponto essencial da análise: a força da internet existe pois não foi apenas mais um meio de comunicação de um para muitos, como as tecnologias anteriores de "massa". A internet revolucionou pois atingiu, de início ao menos em potencial, toda a sociedade com sua nova proposta: comunicação de muitos para muitos. A partir da segunda metade do século XX, nos vimos na transição de uma cultura na qual o poder de propagar informação e emitir opinião ampla era restrita aos detentores desse poder para uma cultura mais democrática na qual todos poderiam dizer o que quiser para quem quisesse ouvir.
Como vimos, a internet mudou a relação com que o cidadão se coloca, mas também como ele se constrói. A revolução da internet foi extremamente cultural, visto que mobilizou a forma de comunicar dos homens, isto é, questionou os signos existentes num âmbito relacional amplo (homem-homem e homem-sociedade), de maneira que o indivíduo não somente muda a forma de impactar o outro, mas também a forma na qual é impactado. Aí está a grande força da internet: a formação dessas relações, na qual chamamos "redes".
O nascimento dessas redes possibilitou a formação das mídias sociais. As mídias sociais basicamente têm em comum a interação dos usuários no compartilhamento e elaboração das