Cibercultura
As grandes etapas históricas da humanidade constituem-se das diversas relações de trocas entre a sociedade, a cultura e as novas técnicas/tecnologias desenvolvidas num determinado período de tempo. Esses movimentos influenciam/determinam mudanças substanciais em grandes áreas do conhecimento humano, a saber: Política, Economia, Filosofia, Educação, Direito, Sociologia, entre outras. Na Contemporaneidade, ou Pós-modernidade - a etapa história em que vivemos atualmente -, esse movimento é chamado de cibercultura. Neste sentido, cibercultura é a cultura da atualidade, caracterizada pelas relações entre a sociedade, a cultura e as novas tecnologias de base micro-eletrônicas. Tais novas tecnologias surgiram na década de 70 com o desenvolvimento da informática, popularizou-se nos anos 80 através dos computadores pessoas (informática de massa) e consolidou-se completamente nos 90 com o surgimento das tecnologias digitais e a popularização da Internet. O francês Pierre Lévy, um dos principais pensadores do assunto na atualidade, considera que a “cibercultura expressa uma mutação fundamental da própria essência da cultura” (LÉVY, 1999, p. 247) e a define do seguinte modo: Quanto ao neologismo “cibercultura”, especifica aqui o conjunto de técnicas (materiais e intelectuais), de práticas, de atitudes, de modos de pensamento e de valores que se desenvolvem juntamente com o crescimento do ciberespaço. (LÉVY, 1999, p. 17). Assim, cibercultura é tudo o que está em rede (ou ciberespaço, segundo Lévy), e a rede está em todos os lugares e é cada vez mais móvel. Portanto, não é apenas um fenômeno tecnológico, mas é um processo complexo suportado pela tecnologia e que promove, cada vez mais e mais definitivamente, alterações profundas nas dinâmicas sócio-culturais. Ela altera os processos de comunicação, de produção, de criação e de circulação de bens e serviços.
Definição: conhecimento coletivo.
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