Cheque de gerações
Há um problema comum a todas as empresas de qualquer parte do mundo. Não se trata da mudança, da tecnologia, da concorrência, dos clientes, dos chefes autoritários, dos colegas invejosos ou de jogos de bastidores. É um problema de diferenças de valores, de ambições, de pontos de vista. É, em suma, um problema de gerações. De gerações em conflito. A única culpada é a demografia. Nunca houve na história tantas gerações diferentes a trabalhar ombro a ombro, lado a lado, sala a sala. As frases seguintes parecem-lhe familiares? “Eles não têm sentido de ética. São apenas mercenários”; “Se procura lealdade, compre um cão”; “Ele quer um bônus? Quando eu tinha a idade dele já ficava satisfeito em ter um emprego”; “Eu tenho vida própria. Não me marquem reuniões para depois das 18 horas”; “Era só o que faltava! Ela entrou há seis meses e já quer uma promoção”; “Ele quer um plano da função? Eu trabalho aqui há 20 anos e nunca tive nenhum”; “Ainda ele usava fraldas já eu fazia publicidade”; “Quem é um tal Fleetwood Mac? Trabalha aqui?”
Este é o ruído de fundo que se ouve nos locais de trabalho. Mais horizontais e mais compactados, eles albergam misturas de pessoas com idades muito diversas e com gostos, atitudes, memórias e experiências radicalmente diferentes. Em termos genéricos, existem atualmente quatro gerações, típicas a trabalhar. Elas cobrem um período temporal de quase oitenta anos, de 1922 a 2000. Eis o seu perfil de comportamento.
Veteranos Nasceram entre 1922 e 1943, antes da Segunda Guerra Mundial, um evento que os marcou profundamente. Seguem valores como a família, a lealdade, os direitos civis, o respeito pela autoridade e a moralidade. No local de trabalho são os detentores dos princípios éticos e da memória coletiva da empresa, o que, por vezes, é um fardo para os boomers, orientados para a ação, e para os da geração X, entusiastas da tecnologia. Eles são também um repositório insubstituível de sabedoria, de astúcia em