cenas
No âmbito do tema/problema do determinismo versus liberdade na acção humana deparamo-nos com diversas teorias explicativas. Como cada teoria parte de premissas diferentes acerca do problema facilmente se compreende que cheguem a conclusões diferentes. Assim, podemos adoptar três perspectivas diferentes perante o problema da existência ou não do livre-arbítrio – a possibilidade da livre escolha do ser humano quanto à realização das duas acções –, ou seja, o determinismo, o libertismo e o compatibilismo.
DETERMINISMO
O determinismo é a base da concepção científica da natureza (física clássica) que considera que cada acontecimento decorre necessariamente da série de acontecimentos e circunstâncias que o antecederam. À semelhança das leis físicas, que explicam a causa da ocorrência dos fenómenos naturais, por analogia podemos considerar que também as acções humanas são regidas por causas que escapam totalmente ao controlo do ser humano.
O determinismo defende que o ser humano, pelo facto de não ter livre-arbítrio, não é responsável pelos seus actos. As acções humanas são totalmente determinadas pelas causas que as antecedem pelo que a vontade humana não tem qualquer intervenção na sua ocorrência.
Argumento:
Se o determinismo é verdadeiro, então não existe o livre-arbítrio.
O determinismo é verdadeiro.
Logo, não existe o livre-arbítrio.
Texto:
"Algumas pessoas pensam que nunca é possível fazermos qualquer coisa diferente daquilo que de facto fazemos neste sentido absoluto. (…) Esta perspectiva chama-se determinismo. (…) Existem leis da Natureza, tal como aquelas que governam o movimento dos planetas, que governam tudo o que acontece no mundo — e que, de acordo com essas leis, as circunstâncias anteriores a uma acção determinam que ela irá acontecer e eliminam qualquer outra possibilidade."
Thomas Nagel, Que quer dizer tudo isto?.
LIBERTISMO
O libertismo rejeita que as acções humanas