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A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) tem 15 Estados‐Membros6, dos quais 12 são países costeiros. Juntos, estes países se estendem por uma área de 1.500.000 km², o que representa 17% do território de todo o continente africano. A África Ocidental é uma das regiões mais pobres e mais vulneráveis. A região está a enfrentar sérios desafios relacionados com a falta de boa governação, a instabilidade contínua, o fraco crescimento económico e o crime organizado. A população da África Ocidental cresce a uma taxa anual de 2,67% e foi estimada em 261 milhões em
2006. Com excepção de quatro7 países na região, todos os outros apresentam um baixo Índice de
Desenvolvimento Humano, de acordo com o Relatório do Desenvolvimento Humano8 de 2009 do
UNDP. A região está localizada a meio caminho entre a América Latina e a Europa, oferecendo uma plataforma perfeita para uma ampla variedade de mercadorias ilícitas serem traficadas entre os dois continentes. A África Ocidental está a ser afectada por uma série de fluxos transnacionais do crime organizado, atraídos pela vulnerabilidade da região, que se agrava cada vez mais.
A CEDEAO foi criada em Maio de 1975 e, inicialmente, estava voltada para a promoção do comércio, da cooperação e auto‐suficiência na África Ocidental, como um meio para a integração e o desenvolvimento económico. O seu mandato foi depois progressivamente alargado a objectivos políticos, económicos e de segurança mais ambiciosos.
a) O Contexto Político
A instabilidade política é a principal preocupação para a África Ocidental. Desde 2000, a região já passou por dez golpes de estado ou tentativas de golpe de estado9, três guerras civis10, e o assassinato de um Presidente11. Indubitavelmente, com esse historial, a África Ocidental pode ser considerada uma das regiões menos estáveis do mundo.
No entanto, a África Ocidental também está a testemunhar o surgimento de novas democracias, como na Serra Leoa,