Beijo com Julie

Meu beijo com Julie

No dia 6 maio de 1942, faltava exatamente três dias para completar seis meses de viagem. Eu estava completamente exausto, apesar de até então na viagem só tivemos apenas um confronto contra um submarino Japonês, que foi facilmente abatido pelo meu querido porta aviões USS Lexington(CV-2). Guerra, para que guerra? Me perguntava isso todo dia que eu acordava naquele navio escuro tão amados por muitos dos nossos marinheiros e odiados pelos nossos inimigos. A única coisa que me dava força para continuar era a vontade de rever minha amada Julie Avoley que tenhinha certeza que esperava por mim. No dia em que saí do porto a nossa despedida foi um beijo caloroso no meio da praça, aquele momento fica vagando pela minha cabeça todos os dias, é ele que me da disposição para continuar nessa luta.
Então era quase noite quando sentimos o primeiro impacto, o alerta disparou alucinadamente, tomei a frente da metralhadora externa e olhei para o horizonte daquele mar escuro mas não conseguir enxergar nada. Mas sabia que era um submarino japonês. Senti o nosso Lexington tremular com as saídas dos nossos torpedos, e depois de alguns segundos pude ver enormes explosões no mar, era o submarino japonês sendo destruído. Ficamos eufóricos naquele momento, mas ao mesmo tempo preocupados pois sabíamos que aquilo era só o começo. Estava clareando, e eu ali quase dormindo ainda de prontidão na metralhadora e ao mesmo tempo pensando no meu beijo com Julie. Quando de repente o barco sofrera três impactos com a diferença entre eles de apenas dois segundos. Foi horrível, um desespero total! Pelos tremores que sentia nos pés sabia que meu navio estava respondendo os ataques, mas não sabíamos de certo com o que estávamos lidando. Meu desespero aumentou quando um torpedo inimigo atingiu o lado que eu estava do navio, foi ainda um pouco distante de mim mas aquela explosão era assustadora. Horas e horas se passavam e