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A PUERICULTURA E A FORMAÇÃO DE PROFESSORAS:
CONSTRUÇÃO DE PERFIS FEMININOS E DE MATERNIDADE
Geisiele da Silva Marchan
Escola de Artes, Ciências e Humanidades
Universidade de São Paulo
1.Objetivos
O objetivo deste trabalho é contribuir para o entendimento dos processos de construção de perfis de maternidade e de feminilidade em circulação na sociedade a partir da década de 1920, com o propósito de esclarecer os processos de formação da professora e da mãe ideais, segundo a visão dos especialistas da área médica e educacional
Pretendeu-se verificar como estes profissionais se dirigiam às mães, o que eles pensavam a respeito da maternidade e como os médicos e a sociedade da época caracterizavam o papel materno e a profissão docente.

2. Materiais e métodos
Para tanto foi estudado um influente manual de puericultura publicado em São
Paulo de 1937 a 1962, “O livro das mãezinhas”, de Wladimir Piza. Procurou-se analisar os assuntos discutidos pelo autor e a maneira pela qual ele transmitiu suas prescrições à leitora, de modo a entender sua visão do processo de formação materna. A análise do manual de
Piza foi relacionada ao estudo d’ “O livro das mamães”, de autoria de Almeida Júnior e Mario
Mursa, proposta por Luciana Maria Viviani
(2003) em sua tese de doutorado.

3. Resultados e Discussão
Comparando uma obra utilizada como material didático destinado às alunas de Escola
Normal e uma obra destinada às mães em geral, verificamos que o meio educacional apresentou uma importante relação de construção de perfis de maternidade na formação docente feminina que ao longo do

tempo foi direcionada como profissão associada ao universo feminino. O papel materno desde os anos
1920 tem sido articulado e estruturado pelos profissionais da área da saúde, com o propósito de combater os altos índices de doenças e de mortalidade infantil como conseqüência de uma vida pouco saudável.

4.Conclusões
Piza apresentou um palavreado coloquial, um diálogo simples e familiar para se dirigir à