Casos Clínicos
Casos clínicos
1.Mulher, 30 anos, branca, casada, comerciaria, natural de Porto Alegre, procedente de Canoas, encaminhamento próprio. QUEIXA PRINICIPAL: “caroço no pescoço”.
A paciente procura atendimento ambulatorial por ter notado (por palpação) “caroço” no pescoço quando tomava banho. Nega dor local, disfonia ou disfagia. Relata ainda discreta intolerância ao calor, palpitações e nervosismo atribuindo seu surgimento a “descoberta do caroço”. Não percebeu alteração de peso ou febre. Refere discreto cansaço e cefaléia frontal pouco freqüente (1 a 2 vezes por mês). Nega tabagismo ou alcoolismo. Tem história de tireopatia na família (um prima que reside em outro Estado foi submetida a
“cirurgia de tireóide”, porém não tem outras informações).
RESPONDA
1. Qual a prevalência dos nódulos tireoidianos e do câncer de tireóide na população geral?
O artigo diz que a incidência de nódulos solitários foi de 5,3 % em mulheres e de 0,8% em homens e no Framingham a incidência foi de 4,6 % na população geral foi 6,4 % em mulheres e 1,6 % em homens, sendo importante lembrar que a predominância ocorre nas mulheres. O maior desafio é excluir o câncer da tireóide, que ocorre em 5 a 10% dos casos.
2. Qual a sintomatologia inicial e/ou como se da a detecção clinica?
A grande maioria dos nódulos são pequenos em torno de < 1 cm e não apresentam sintomas. Devido a isso são descobertos em exames de imagem como a ressonância magnética, ultra-sonografia, tomografia... Para outras doenças ou no exame físico do próprio médico. Entretanto, quando estes nódulos são maiores, podem provocar dificuldade de engolir e/ou respirar.
Os nódulos malignos (cancerígenos) têm maior chance de causar sintomas compressivos (como rouquidão), crescem mais rapidamente, são mais endurecidos e podem produzir aumento dos linfonodos (chamados gânglios) no pescoço. Existem alguns nódulos que podem também produzir hormônios tireoidianos causando sintomas de excesso hormonal