Caso Parmalat
Calisto Tanzi, o fundador e ex-presidente da Parmalat, montou uma fábrica de laticínios perto de Parma, em 1961, desafiando um monopólio de leite na Itália.
A companhia tornou-se o primeiro produtor de leite de marca na Itália e desenvolveu seu produto longa-vida, com processo de pasteurização que usa temperatura ultra-alta (UHT).
A empresa passou a comercializar leites, iogurtes, suco de fruta Santál e biscoitos mundo afora. Em 2002, faturou € 7,6 bilhões. O grupo tem cerca de 35 mil funcionários em cerca de 30 países, incluindo Brasil.
A companhia abriu seu capital em Bolsa em 1990. Depois de patrocinar vários esportistas, incluindo os pilotos de Fórmula 1 Niki Lauda e Nelson Piquet, a Parmalat comprou a equipe de futebol de Parma em 1991.
O caso Parmalat
Os investidores começaram a ficar inquietos com a posição de capital da Parmalat no começo de dezembro de 2003, depois que a empresa admitiu que não conseguira liquidar um investimento de € 500 milhões em um fundo nas Ilhas Cayman.
Um título de € 150 milhões da empresa venceu em 8 de dezembro, mas a empresa conseguiu pagar com quatro dias de atraso. Então, deixou de pagar 400 milhões de dólares em uma recompra prevista em contrato de investidores minoritários da filial brasileira e de resgatar notas relacionadas ao contrato.
Em 19 de dezembro, a Parmalat soltou a bomba no mercado, revelando que tinha um rombo de € 3,95 bilhões na sua contabilidade. Auditores constataram que a dívida da empresa supera € 14,3 bilhões.
A capitalização de mercado da Parmalat era de € 1,8 bilhão antes do estouro da crise, mas agora as suas ações não valem quase nada. Seus títulos estavam sendo negociados recentemente a um quinto de seu valor original. No dia 20, a empresa foi declarada insolvente, quatro dias depois do pedido de concordata.
Enrico Bondi, um conhecido administrador de crises, foi nomeado pelo governo italiano para gerenciar uma reestruturação da