O caso de fraude no Grupo Parmalat
O grupo italiano de alimentos Parmalat pediu concordata, depois de divulgar um buraco de 4 bilhões de euros (US$ 4,9 bilhões) em suas contas. Na época, jornais italianos diziam que o rombo poderia chegar a 10 bilhões de euros. Esta crise afetou os produtores de leite brasileiros que ficaram sem receber por sua produção, juntamente com os produtores americanos. Além do grande problema financeiro, foi descoberto pela empresa de auditoria Price Water Coops (PWC), contratada para revisar a contabilidade da Parmalat, problemas com as contas de seus balanços, que foram adulteradas, inflando assim o seu resultado. No Brasil, fabricas paravam totalmente sua produção para equilibrar seus níveis de estoque e administrada por uma “unidade de crise” a filial brasileira, operou com baixas receitas durante ano de 2003, período de início da crise. De acordo com alguns especialistas, um dos prováveis motivos que levaram a Parmalat a secar sua fonte de recursos no Brasil teria sido sua rápida ascensão ao mercado, nos mais diferentes produtos, chegando a ter 30 companhias sob seu domínio, pagando o que fosse necessário para adquiri-las. Porém logo veio a recessão global e a filial brasileira teve de inverter os papeis tendo de enviar recursos para a matriz italiana. Outra operação investigada pela polícia e Receita Federal na filial brasileira, foi o curioso fato de que mesmo operando com prejuízo financeiro, a companhia obteve lucro com a administração do time de futebol Palmeiras, onde negociava passes de jogadores para o exterior. As suspeitas recaiam sobre indícios de que houve desvio de recursos ao exterior por através da movimentação de contas no Uruguai, pais considerado o paraíso fiscal da América do Sul.
Fontes consultadas:
Entenda o caso Parmalat. Portal Terra, publicado em 22/12/2013, disponível em < http://economia.terra.com.br/noticias/noticia.aspx?idNoticia=200312222018_RTI_1072124336nN22119910>, acesso em