Fraude Contábil Parmalat
A entidade afirmou que a empresa italiana enganou investidores ao lhes vender debêntures (títulos privados para captar dinheiro).
Segundo a SEC, a empresa italiana ofereceu US$ 100 milhões em debêntures aos investidores americanos enquanto disfarçava sua verdadeira situação financeira.
A entidade acusa a Parmalat de ter mentido ao dizer ter usado seu dinheiro para rolar US$ 3,6 bilhões de sua dívida.
Para a SEC, as atitudes da empresa italiana levaram a "uma das maiores e mais descaradas fraudes financeiras corporativas da história".
Prisão
Na segunda-feira, o fundador e ex-presidente da Parmalat, Calisto Tanzi, admitiu ter desviado cerca de US$ 624 milhões da empresa.
Tanzi está preso em Milão desde sábado à noite.
Acredita-se que cerca de 20 pessoas, entre elas Tanzi, possam ser indiciadas por participação em um esquema de fraude que levou a Parmalat a pedir concordata, após registrar um rombo de aproximadamente US$ 5 bilhões em suas contas.
De acordo com a imprensa italiana , o ex-presidente da empresa poderia ser acusado pelos crimes de manipulação do mercado e de falência fraudulenta, entre outros.
Dez anos
Durante a semana passada, representantes dele vinham insistindo que o empresário não havia desviado dinheiro da empresa.
"Nenhum dinheiro desapareceu, (havia) apenas bens não-existentes", explicou um dos advogados do empresário, Michele Ributti.
Documentos apresentados à Justiça no fim de semana, contudo, indicavam que o ex-presidente da Parmalat havia se apropriado indevidamente de até US$ 995 milhões nos últimos dez anos.
Um ex-diretor financeiro da empresa, Fausto Tonna, teria revelado investigadores de que as fraudes na empresa teriam começado no final dos anos 80.
Ações
A Parmalat foi declarada oficialmente insolvente neste sábado e, nesta segunda-feira, os negócios com