O artigo fala sobre a necessidade do planejamento estratégico para obter retorno do capital a longo prazo: a longevidade dos negócios, destacando a importância da gestão que executa esse planejamento para que a empresa não tenha um encerramento prematuro de sua atividade produtiva. O artigo cita Porter (1986, 1992) quando fala da busca de uma posição lucrativa e sustentável na indústria, de modo que a empresa obtenha vantagens competitivas que seus opositores não têm, através da liderança no custo total ou na diferenciação. Também considera bastante difícil a empresa atingir ambas as estratégias, e se atingir, tende a não perdurar (PORTER, 1992, p. 16). A partir daí, chega-se ao fato que as empresas, com formas de atuação cada vez mais semelhantes concorrem por um mercado saturado prejudicando o desempenho das mesmas. E a estratégia do Oceano Azul, de Kim e Mauborgne (2005) surge como alternativa. Existem duas situações muito comuns em indústrias competitivas. Uma delas são “oceanos vermelhos” que se referem às indústrias atuais e onde as regras do jogo estão bem definidas e aceitas, as condições de concorrência são iguais para todos, ganhando maior participação de mercado na competição cada vez mais forte, tentando se sobressair e buscando alta rentabilidade. Nesse cenário de disputa, o “sangue” dos oponentes tinge “as águas”, daí o nome. Depois, há os “oceanos azuis” (“águas” inexploradas) que tentam construir mercados em áreas que não são muito exploradas procurando um crescimento em longo prazo e grandes ganhos. Não existem regras predeterminadas, não existem limitações de consumo e a concorrência é tornada irrelevante, pois não está presente (KIM; MAUBORGNE, 2005, p. 4-5). Os oceanos vermelhos são a base para a formação e desenvolvimento de oceanos azuis. O foco do planejamento estratégico nesse caso é alcançar nova curva de valor aos consumidores, obtendo a diferenciação e a liderança em custo ao mesmo tempo, e assim criar mais valor para os clientes a