Caso Dora
O “Caso Dora” trata-se de um caso de histeria escrito por Freud. Dora é uma jovem de 18 anos, que foi levada até o Freud pelo pai.
Seu círculo familiar incluía seus pais e um irmão mais velho. A paciente era muito apegada ao pai e este era a pessoa dominante da família, sobre o qual se organizou a história infantil e patológica de Dora. A ligação de Dora com o pai era aumentada devido às graves doenças que este teve. Aos seis anos de idade a família teve que mudar-se para uma cidade menor devido a uma tuberculose do pai de Dora. Lá permaneceram por mais dez anos. Dentre outras doenças, a mais grave que teve consistiu numa crise confusional, seguida de sintomas de paralisia e ligeiras perturbações psíquicas. Devido a isso, o pai de Dora foi a Viena consultar-se com Freud, que prescreveu um tratamento voltado para fins orgânicos. Dora começaria o tratamento com Freud, seis anos depois. Quanto à mãe de Dora, Freud inferia ser uma mulher inculta e fútil, que se distanciou do marido e concentrou seus interesses nos assuntos domésticos. A relação entre ela e a filha era distante havia muitos anos. Dora criticava-a e se subtraía por completo de sua influência. Nos últimos anos, Dora havia se tornado distante do irmão mais velho, no entanto, em épocas anteriores, ele era o modelo que ela ambicionava seguir. O rapaz não se envolvia muito nas questões familiares e quando era obrigado a participar, apoiava a mãe. Assim, a costumeira atração sexual aproximava pai e filha, de um lado, e mãe e filho, de outro.
Dora, já aos oito anos apresentava sintomas neuróticos. Nessa época, passou a sofrer de uma dispnéia crônica. Os primeiros episódios ocorreram após uma pequena excursão pelas montanhas, sendo por isso atribuído ao esforço excessivo. Por volta dos doze anos ela começou a sofrer de dores de cabeça e de acessos de tosse nervosa. Aos dezoito anos, quando