O Caso Dora
PSICANÁLISE CLÍNICA
IDA BAUER
(O CASO DORA)
ROBSON B. SOARES
NOVA IGUAÇÚ – RJ
2015
SOCIEDADE CARIOCA PSICANALÍTICA
IDA BAUER
(O CASO DORA)
Robson Soares
Trabalho apresentado em exigência parcial à disciplina de Análise Didática sobre Ida Bauer (O Caso Dora). Para obtenção do título de Psicanalista Clínico da Sociedade Carioca Psicanalítica.
Facilitador: Dra. Solange Assis..
NOVA IGUAÇÚ – RJ
2015
O Caso Dora, relatado por Freud (1905), é um importante exemplo de caso de neurose histérica, e será resumidamente comentado aqui a fim de ilustrar o quadro da doença.
Dora era uma moça de 18 anos que foi encaminhada a Freud por seu pai. Ela vivia com ele, sua mãe e seu irmão, tendo sido sempre muito próxima ao pai. Ele teve em sua vida muitas enfermidades, e Dora sempre se responsabilizou por seus cuidados. A maturidade da garota foi também responsável por aproximá-los desde cedo, já que o pai encontrou nela uma agradável companheira e confidente. A relação entre seus pais, importante ressaltar, não era muito boa, sendo os dois bastante distantes. Quando Dora tinha seis anos, a família se mudou para outra cidade, e lá fizeram amizade com um casal, o Senhor e a Sra. K. O pai de Dora se aproximou bastante da Senhora K; que muitas vezes cuidou dele quando sua saúde piorava. A princípio, Dora tinha também grande afeição por ela, mas depois de certa época passou a não mais suportá-la, afirmando que ela e seu pai tinham um caso amoroso. A moça, inicialmente, tinha boa relação também com o Senhor K, mas aos 16 anos acusou-o de lhe fazer uma proposta amorosa, passando desde então a evitá-lo.
Quanto à saúde de Dora, ela já apresentava desde a infância sintomas histéricos. Com sete anos apareceu o primeiro sintoma conversivo, enurese noturna, passando, ao longo dos anos, por dispnéia, tosse nervosa, afonia, enxaquecas, depressão e insociabilidade histérica. Todos esses