Caso Disney
1. Deveria a Disney adquirir a Pixar? Justifique a sua resposta.
A principal motivação para a maioria das fusões e aquisições é o de aumentar o valor da empresa combinada. Se as empresas A e B se fundem para formar Empresa C e se o valor da C excede o de A e B juntas, então a sinergia existe, e essa fusão deve ser benéfica para ambos acionistas da A e acionistas da B.
Segundo o Brealeyi, os efeitos sinérgicos podem surgir a partir de cinco fontes: (1) as economias operacionais, que resultam das economias de escala na gestão, marketing, produção ou distribuição; (2) as economias financeiras, incluindo menores custos de transação; (3) os efeitos fiscais, caso em que a empresa combinada paga menos impostos que as empresas separadas pagariam; (4) o ganho de eficiência, que implica que a gestão de uma empresa é mais eficiente após a fusão e (5) o aumento do poder de mercado devido à concorrência reduzida.
Há, também, outros motivos justificáveis de fusão ou aquisição além do ganho sinérgico como: (1) integração vertical, que se trata da expansão ou retração na cadeia de suprimentos pra o maior controle de gastos do processo produtivo; (2) adquirir linhas, licenças e know-how de certos produtos ou serviços e (3) recorrer a fusões como forme da mobilidade do capital (surplus funds).
Por outro lado, há algumas razões economicamente não justificáveis de uma fusão ou aquisição: (1) para se tornar uma empresa internacional; (2) fusões defensivas para benefício dos próprios gestores; (3) para diversificação do setor e, consequente redução de risco; (4) para diminuir o custo de financiamento e alavancar mais a empresa; (5) para aumentar o earnings per share, fazendo o mercado induzir que houve ganho real ou sinergia.
Feito o parênteses, é possível analisar melhor o Caso Disney-Pixar. Em 2006, quando a Walt Disney Co. comprou a Pixar Animation Studios Inc. por U$ 7,4 bilhões, economistas e colunistas criticaram a compra e previram o