Caso de insucesso
Qual o primeiro curso universitário para o qual fiz vestibular?
Publicidade. E por quê? Porque estava repleto de dúvidas, mas minha orientadora vocacional aparentemente não tinha nenhuma. Suas palavras, que nunca mais esquecerei, foram: “Se você não fizer desenho industrial ou publicidade, você se frustrará“.
Só que, no fundo, sabia que não queria aquilo. Nunca quis. Resultado: não me apliquei o suficiente e não passei nem perto da aprovação.
Depois disso, fui para caminhos mais conhecidos e me dediquei para passar para Ciência da Computação, mas, no meio do caminho, conheci um curso chamado Física Computacional que me pareceu fascinante.
E era!
Coincidência ou não, minha pontuação para Física teria me classificado com folga para Publicidade!
Ou seja, casando a fome com a vontade de comer, parece que meu estudo rendeu mais e fui um dos melhores colocados no curso.
Infelizmente, contudo, no Brasil não há (ou não havia) muito espaço nem para os melhores estudantes ou bacharéis em Física. Reparem que me referi aos melhores sem me incluir, pois, dolorosamente, descobri que, para quem sempre se deu muito bem no colégio e passou em ótima colocação, eu era pouco mais do que medíocre em Física.
A constatação dessa mediocridade e do restritíssimo campo de atuação profissional me levaram a abandonar o curso lá pelo 5º ou 6º semestre (o fato de ter sofrido um sequestro relâmpago também contribuiu para rever meus conceitos…).
Dessa vez, resolvi escutar minha mãe, que sempre quis que estudasse Direito (no pun intended) e resolvi me aplicar de corpo e alma. Voltei pro cursinho, estudei feito um cachorro todas as matérias, exceto, claro, Física (afinal,