Caso clinico
QUESTÕES
COMO CONDUZIR O TRATAMENTO DESSA ADOLESCENTE?
•Ofertar-lhe alta, mesmo quando ainda há importante instabilidade emocional, ora culminando no relato de que “vai terminar o que começou” (ou seja, matar sua família) ora manifestando intensa culpa e arrependimento – muitas vezes influenciada por questões religiosas;
•Ou, seu projeto terapêutico, incluirá internação prolongada, cerceando seu direito à liberdade?
•Como a equipe deve se posicionar diante da Justiça?
•J, deverá cumprir medida socioeducativa, por tratar-se (perante a lei) de ato infracional?
REFLEXÃO:
A paciente não terá alta. Um possível tratamento implica em um projeto terapêutico na qual J permanecera em internação apenas nos momentos de crise, para não obstrui-la do seu direito a liberdade. O período na qual a paciente ficara sobre os cuidados da equipe, será determinado de acordo com o grau de ideias delirantes e comportamentos agressivos que J. apresentar, porem não deve ser períodos longos, pois ao retornar para o contexto familiar, a paciente pode desencadear novas crises, colocando em risco a vida de seus familiares e a sua própria vida.
O contato com seus familiares é uma parte importante no tratamento, pois o isolamento da paciente conterá seus surtos apenas no período de internação, porem a partir do retorno para seu ambiente familiar e com o contato da sua realidade, de certa forma, confronta as situações que possivelmente esta sendo o causador dessas crises, ou seja, deve verificar o que esta causando esses tipos de comportamentos, se é só as questões do passado ou se existe algo do presente?
J. não deve cumprir pena ou medida socioeducativa, pois trata-se de um caso de psicose. A equipe deve formular um laudo referente a este caso, uma vez que é as questões psicológicas que deve ser tratada. Por isso não deve ser julgado como um ato infracional comum.