O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é uma síndrome neurológica complexa que envolve anormalidades repentinas no funcionamento do cérebro, devido a uma interrupção da circulação cerebral ou por causa de uma hemorragia, podendo ela ser paraquimatosa ou subaracnóidea. Essa patologia é considerada uma emergência médica e deve ser atendida dessa forma. (OLIVEIRA, 2002) Aproximadamente 80% dos acidentes vasculares cerebrais (AVC) são causados por um baixo fluxo sanguíneo cerebral (isquemia) e outros 20% por hemorragias. O AVC isquêmico consiste na oclusão de um vaso sanguíneo que interrompe o fluxo de sangue a uma região específica do cérebro, interferindo com as funções neurológicas dependentes daquela região afetada, produzindo uma sintomatologia ou déficits característicos. (NETO, 2003) A queda no fluxo sanguíneo pode ser decorrente de uma obstrução arterial, devido a presença de um trombo, ou, mais comumente um êmbolo, a uma queda na pressão de perfusão sanguínea, como nos estados de choque ou devido uma obstrução na drenagem do sangue venoso, o que pode ocorrer em uma trombose venosa, causando dificuldade de entrada de sangue arterial no cérebro. (ZIVIN, 2005) No AVCi existe a ruptura do fluxo de sangue no cérebro por causa da obstrução de um vaso, devido a essa ruptura inicia-se uma complexa série de eventos metabólicos celulares definida como cascata isquêmica, que significa o desequilíbrio entre a oferta e consumo de oxigênio levando a alterações miocárdicas que seguem uma seqüência de fenômenos fisiopatológicos: heterogeneidade de perfusão, alteração metabólica, disfunção diastólica do VE, dissinergia regional, alterações eletrocardiográficas e dor precordial. (ANDRÉ, 2001) No miocárdio normal, durante a sístole, há um espessamento da musculatura sendo bem visível no ecocardiograma e, após submetermos o coração a um estresse seja por estímulo físico ou farmacológico, pode-se observar a quarta etapa isquêmica que