Caso clinico
E.M., 24, estudante de química, estava trabalhando no laboratório quando, sem perceber, deixou cair ácido fluorídrico nas pontas dos dedos da mão esquerda. Alguns minutos depois, começa a sentir uma dor em ardência, que aumenta de intensidade e é seguida por dor em queimação e latejante. Ele resolve ir ao pronto-socorro, onde a médica examina seus dedos e decide tratá-lo com uma injeção de lidocaína sem epinefrina nos dedos. A princípio, E.M. percebe um alívio da ardência, embora a dor leve mais tempo para diminuir. Depois dos curativos, E. M. já não sente nenhuma sensação nos dedos. No decorrer de 2 semanas, as feridas cicatrizam e a dor, que era controlada com ibuprofeno, desaparece.
QUESTÕES
1)Por que E. M. não sente nenhuma sensação nos dedos após os curativos serem feitos?
2) Como age a lidocaína?
3) Por que E. M. sentiu inicialmente uma dor em ardência antes da dor de localização imprecisa e por que a dor em ardência cede mais rapidamente do que a dor indistinta após a administração de lidocaína?
4) Por que vasoconstrictores, como a epinefrina, são muitas vezes utilizados juntamente com anestésicos locais?
5) Por que epinefrina não foi utilizada neste caso?
RESPOSTAS
1-Porque a lidocaína já fez efeito, bloqueando a geração e a propagação de impulsos nervosos.
2- Inibem de forma reversível a geração e propagação de impulsos nos nervos. Há o bloqueio dos canais de sódio, inibem o rápido influxo de sódio, excitação tem seu inicio e sua propagação bloqueados. A distribuição é rápida, a biotransformação ocorre no fígado por metabolitos ativos, a ação é imediata (45 a 90 segundos, por via intravenosa), e a eliminação ocorre pela urina.
3- A velocidade da condução do impulso nervoso é diretamente relacionada ao diâmetro da fibra. A dor em ardência (aguda) é transmitida pela fibra A e é mais rápida, enquanto que a dor em queimação e latejante (persistente e mais lenta) é transmitida pela fibra c. A ardência cede mais