Caso 3 JS 25 anos sem correção 1
Descrição de Caso:
J.S., 25 anos, homem, solteiro.1
E - entrevistador
P – paciente
Após as apresentações por parte do entrevistador:
E. Como vai?
P. Ontem eu fui na igreja, aí comecei a orar, Deus disse que eu devia ser castigado. É minha culpa. Na farmácia não tinha o remédio, a moça me olhou esquisito, ela não quis vender o remédio, mentiu.....
E. Como você chama?
P. Você não sabe!? Quer brincar comigo, fala...... (volta-se para o lado e começa a mover os lábios com som baixo, incompreensível, como se falasse para si mesmo).
E. Seu nome está certo na ficha, é J.S.?
P. J.S. Quem é? Sou eu? Será? Só eu ouço, Deus não quer que você ouça; viu!? Ele falou comigo, você não pode saber.
E. Se eu não posso saber não precisa contar, fale comigo sobre outra coisa que queira falar.
P. Por que estou aqui? Essa escola não é para mim, eu não preciso, já sei tudo, aprendi com “imento” e “coisaria”.
E. Aqui é uma escola?
P. Você quer me enganar. Ouve....ouve... ele está me dizendo que vão me pegar, tudo está controlado. As câmeras estão instaladas e aqui todos vão pagar, eu tenho que sair.
E. Para onde você vai?
P. Logo ali....veja não quer vir.
E. Quantos anos você tem?
P. Fiz 17.
E. Quando?
P. Ontem, mas chovia, era verão.
E. Você faz aniversário no verão?
P. Ontem na primavera, tem flores.
E. E seus pais?
P. Morreram.....(chora) todos morreram....(para de chorar sorri) amanhã tem festa......
(olhar assustado) vão me pegar, eles estão vindo (olha para trás e para a porta) - mamãe!! Mamãe!! (parece infantilizado).
E. Você está protegido aqui.
Entrevista com familiares:
Segundo familiares J.S. há 2 meses começou a ficar diferente. Às vezes apagava as luzes e queria ficar no escuro. Afirmava que os vizinhos estavam vigiando. Depois passava. Isto começou a ficar mais freqüente e acrescentava que os vizinhos queriam pega-lo. Passou a ficar horas observando a janela e a porta. Inquieto andava de um lado para outro, falava sozinho ora alto, porém