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2. A ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA NO BRASIL E O TRATADO NA MATÉRIA NA LEGISLAÇÃO ESPECIAL
2.1. Contextualização do crime organizado no Brasil e suas características
Têm-se observado que no Brasil também possui organizações criminosas que atuam nos crimes de tráfico de pessoas, drogas e afins, com ligações transnacionais. Essas atividades criminosas existem há várias décadas, podendo destacar o movimento do cangaço, que era um grupo organizado que praticavam condutas delituosas, invadindo cidades e vilas para saqueá-las.
Esses grupos eram atuantes no sertão nordestino, onde ao final do século XIX e no início do Século XX, o mais conhecido era o bando liderado por Virgulino Ferreira da Silva, conhecido como “Lampião”. Sua organização era de maneira hierárquica e atuavam em frentes ao mesmo tempo. Atuavam em saques, extorsão de dinheiro e até mesmo realizando seqüestros (GONÇALVES, 2012).
Nesse sentido, ainda que diferentes os objetivos e o modo de atuação dos cangaceiros das atuais organizações criminosas existentes, há semelhanças no que pulsa ao comportamento hierárquico de ambas, que leva a crer que eram um tipo de organização criminosa.
Após esse movimento do cangaço, identificaram outros grupos organizados que passaram a atuar nos “jogos de bixo”, que inicialmente foi idealizado pelo Barão de Drumond, que começou com o objetivo de arrecadar dinheiro para salvar animais do zoológico da cidade do Rio de Janeiro. No entanto, essa idéia passou a ser visada por grupos organizados que passaram a monopolizar o jogo do bicho e passaram a subornar políticos e policiais para continuar com o jogo ilícito (SAKALL, 2013).
Desse modo, observa-se que o jogo do bicho foi além do esperado pelo seu fundador, que após algum tempo pessoas começaram a financiar o jogo e passaram a subornar policiais e políticos para dar continuidade ao jogo. Lembra-se de um recente fato que um dos maiores contraventores do país foi condenado à 39 anos de prisão, conforme notícia do Globo.com.
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