Cartas de restauro
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CARTA INTERNACIONAL SOBRE A
CONSERVAÇÃO E O RESTAURO
DOS MONUMENTOS E DOS SÍTIOS
Carta de Veneza – 1964
Adoptada pelo ICOMOS em 1965
Tradução por António de Borja Araújo, Engenheiro Civil IST
Janeiro de 2007
CARTA DE VENEZA
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Impregnados com uma mensagem proveniente do passado, os monumentos históricos das muitas gerações de pessoas permanecem até à actualidade como testemunhas vivas das suas antigas tradições. As pessoas estão a ficar cada vez mais conscientes sobre a unidade dos valores humanos e encaram os monumentos antigos como um património comum. É reconhecida a responsabilidade comum de os salvaguardar para as gerações futuras. É nosso dever transmiti-los na totalidade da sua riqueza e da sua autenticidade.
É essencial que sejam estabelecidos e consagrados numa base internacional os princípios orientadores da preservação e do restauro dos edifícios antigos, sendo cada país responsável pela aplicação do plano dentro do enquadramento da sua própria cultura e das suas próprias tradições.
Ao definir estes princípios básicos pela primeira vez, a Carta de Atenas de 1931 contribuiu para o desenvolvimento de um movimento internacional alargado que assumiu formas concretas em documentos nacionais, no trabalho do ICOM e da UNESCO, e no estabelecimento do International
Centre for the Study of the Preservation and the Restoration of Cultural Property, por esta última. A consciência crescente e o estudo crítico trouxeram à discussão problemas que se têm tornado continuamente mais complexos e variados; chegou, agora, a hora de se examinar de fresco essa
Carta para se fazer um estudo profundo dos princípios envolvidos e para se alargar o seu objectivo num novo documento.
Assim sendo, o IIº Congresso Internacional dos Arquitectos e dos Técnicos de Monumentos
Históricos, que reuniu em Veneza desde 25 até 31de Maio de 1964, aprovou o seguinte texto:
DEFINIÇÕES
Artigo 1.
O conceito de monumento