cartas de joão
Enquanto Deus conversa com Abraão sobre a promessa de um filho, a mente de Sara viaja e conversa consigo mesma, num solilóquio sombrio e desesperançoso. Parece que ela não tinha entrado no esquema da promessa. Parece que sua ficha ainda não tinha caído com respeito à fidelidade de Deus para com as promessas que faz. Será que não aprendemos como Sara que Nada é Difícil Para Deus?
É PRECISO TOMAR CUIDADO COM O NOSSO ÍNTIMO FRENTE ÀS PROMESSAS DE DEUS. Sara riu de si mesma (v.12) assim como Abraão havia rido de si mesmo algum tempo antes (Gn 17.17). Ela o fez por causa de sua velhice. O maior empecilho para servirmos a Deus não são os outros; somos nós mesmos e nossos pensamentos a respeito de nós mesmos. Dizemos conosco: “Não posso”, “não consigo”, “não tenho mais idade”; e assim zombamos da graça de Deus.
Ela riu de si mesma no seu íntimo e no seu íntimo conversou consigo a respeito do que estava escutando atrás da porta da tenda. A proposta era crer num milagre, ninguém duvida disso. A reação natural seria a reação de Sara. Como pode uma pessoa idosa, com 90 anos de idade, depois de ter passado pela menopausa ter um filho? Bom demais para ser verdade. Lembremo-nos que Sara nunca tinha tido um filho antes. Ismael era filho de Hagar. É no íntimo que cremos, mas também é no íntimo que duvidamos de Deus.
Todos nós sabemos que para Deus não há impossíveis. Essa é apenas a primeira vez que isso é declarado na Bíblia (v.15) mas também não será a última. O solilóquio de Sara é uma conversa consigo, com a sua alma. Nada do que ela disse, tinha dito para ouvidos escutarem. Mas Deus escuta o que dizemos nos recônditos de nossa alma. O que dizemos para a escuridão nas noites de solidão; o que cantamos para o sol ao nascer da manhã. Quando ninguém está olhando e mergulhados nos nossos pensamentos, às vezes, cheios de incredulidade, Deus é a presença que não se vê e que tudo ouve, porque tudo sabe.
Pensamos