cartas de amor ridiculas

Cartas de amor ridículas

Amar e ser amado faz parte da alma humana. Desde pequeno o ser humano idealiza sua vida futura como em grande sonho fantasioso. E o amor é a principal delas. Idealizar o ser amado em uma perfeição quase divina é natural, pois se está amando e suas atitudes e virtudes são sempre perfeita. Que moça não sonhou com um príncipe encantado lindo, montado em um cavalo branco, que mora em um grande castelo, e que se apaixonou por ela loucamente? Todos passam por momentos de idealização do amor. Queremos possuir em todos os sentidos quem amamos, sem reservas. Sendo assim o amor passa a ser ridículo ao ponto de enxergarmos somente o que queremos, a fim de evitarmos a realidade. Temos atitudes ridículas quando amamos; gritamos, corremos e sem pensar nos riscos, nos atiramos de corpo e alma nesse amor. Porém, ao realizarmos essa entrega, deixamos nas mãos de outra pessoa a responsabilidade de nossa vida e felicidade. E podemos descobrir sem aviso, que o ser amado não é perfeito. Sabemos que o mundo da volta e as coisas podem mudar; quem ontem foi muito apaixonado, hoje pode não ser mais. E o ser que se entregou completamente fica a deriva, sem rumo, sem direção. Sendo jogado de volta para realidade, onde, por conta dessa entrega de corpo e alma, agora se encontra em profundo abandono e tristeza. É como imergi de um grande poço, onde se está só. E agora, como recomeçar? Como poder continuar sem as muletas que o sustentava? Sim, muletas, esse tão louco amor nada mais era que muletas que o sustentavam para fugir da própria realidade e responsabilidades. Agora, depois das desilusões é necessário que siga em frente sem nunca esquecer, que mesmo amando, é necessário caminhar com as próprias pernas, e quando um dia o amor renascer, esse sentimento será real, e não mais uma ilusão.