carta
Maurício Villaça, um dos precursores da arte do graffiti no Brasil, partilhava da ideia de que graffiti são também as garatujas que fazemos desde a mais tenra idade, os rabiscos e gravações feitos em bancos de praça, banheiros, até mesmo aqueles que surgem quando falamos ao telefone. Assim, também o graffitar que se difunde de forma intensa nos centros urbanos significa riscar, documentar de forma consciente ou não, fatos e situações ao longo do tempo. Diz respeito a uma necessidade humana como dançar, falar, dormir, comer, etc. É possível dissociar essas necessidades humanas da liberdade de expressão.
Não existe graffiti ou quem produza de forma não democrática. Aliás, o graffiti veio pra democratizar a arte, na medida em que acontece de forma arbitraria e descomprometida com qualquer limitação espacial ou ideológica. Todos os segmentos sociais podem vir a ser lidos