Carta de Atenas
A Carta de Atenas é o manifesto urbanístico resultante do IV Congresso Internacional de Arquitetura Moderna (CIAM), realizado em Atenas em 1933.
A Carta, que trata da chamada Cidade Funcional e prega a separação das áreas residenciais, de lazer e de trabalho, propondo no lugar do caráter e da densidade das cidades tradicionais, uma cidade-jardim, na qual os edifícios se localizam em áreas verdes pouco densas. Tais preceitos influenciaram o desenvolvimento das cidades européias após a Segunda Guerra Mundial.
O conceito da Cidade Funcional foi a abordagem teórica mais significante dos CIAM. O grupo demonstra a importância de uma orientação solar favorável em todas as habitações. Desta maneira, concluiu-se que as cidades de matriz axial não seriam a melhor resposta para as cidades, mas sim deveriam desenvolver-se métodos que se pudessem estender por toda a cidade, de maneira a que todas as habitações tivessem condições favoráveis de habitação.
Este conceito levou o grupo a estudar o urbanismo, defendendo que o mesmo se deveria centrar em três funções fundamentais: Habitar, trabalhar e lazer. Estas três funções são desfavorecidas com as aglomerações atuais e, para contrariar este aspecto negativo, as relações locais devem ser calculadas de forma a proporcionar uma relação justa entre proprietários e comunidades. Para se responder a uma busca incessante por soluções, os congressos passaram a ser feitos anualmente, sendo que o resultado do congresso de 1933 foi publicado no jornal da Câmara Técnica da Grécia, com o nome “Constatations” – Observações.
Na publicação “Constantations”, foram apresentados os estudos feitos a 33 cidades pelos grupos CIAM de vários países, analisando-as segundo quatro funções essenciais: Habitação, Lazer, Trabalho e Acessibilidades. Assim, para responder aos parâmetros, a habitação deveria situar-se seguindo princípios de orientação da luz solar e, com a garantia de afastamento mínimo entre edifícios era