Carta De Atenas
A Carta de Atenas só foi divulgada quase oito anos após sua redação, é um texto dogmático e polêmico, formulando exigências e estabelecendo os critérios para organização e gestão das cidades. Foi elaborada em 1933, entretanto, publicada em 1941, por obra de síntese de Le Corbusier. Sua edição brasileira tem interessante prefácio de Rebeca Sherer (MATIELLO, 2006). A Carta previa, para a nova sociedade da máquina, uma cidade funcional repartida em zonas de concentração perfeitamente articuladas por amplas vias de circulação (CASTRO, 2002).
A revolução industrial introduziu as primeiras grandes modificações estruturais nas cidades, em que o período moderno introduziu uma ruptura radical na estrutura, na forma, na organização distributiva e nos conteúdos e propósitos da urbanística e da cidade. Segundo a Carta, as deficiências da cidade histórica continuam sendo apontadas na ausência de parques e áreas verdes, resultando no postulado de que o sol, a vegetação e o espaço são as três matérias-primas do urbanismo (RIBEIRO, 2010).
De modo geral, a Carta estabeleceu detalhadamente conceitos e princípios a serem aplicados com a intenção de fornecer soluções a serem adotadas em qualquer parte do mundo com a clara determinação de internacionalização da arquitetura e do urbanismo voltados a atender as necessidades de uma população proveniente da nova realidade política, social e tecnológica estabelecida pelo fenômeno da industrialização, através da organização dos espaços urbanos em categorias funcionais, destinadas à habitação, lazer, trabalho, circulação e