Carl Rogers
Rogers sustentava que o organismo humano - assim como todos os outros- possui uma tendência à atualização, que tem como fim a autonomia.
Fenomenologia e Psicologia Rogeriana
(1) Ir às coisas mesmas: Na visão rogeriana, o psicólogo não pretende conhecer e auxiliar uma pessoa com a aparelhagem radiográfica de uma doutrina pré-estabelecida, mas escutando-a para entender como ela percebe, como ela experencia o mundo, um sentimento ou outro fato, pois somente a própria pessoa tem acesso direto às suas vivências;
(2) Epoché: Suspensão da própria opinião e conhecimentos, para verificar o fenômeno, o fato em toda a sua originalidade, permitindo "ir às coisas mesmas", sem contaminação, tanto quanto possível, com a percepção do observador, ouvinte ou leitor. Na visão rogeriana, a empatia exerce esse papel;
(3) Intencionalidade: Isso é, nas palavras de Husserl, "a tomada de posição relativamente à coisa" (1931/1986, p. 85); consciência de algo e tomada de atitude ante ele.
História Pessoal
Carl Rogers nasceu em Chicago em 1902. Formado em História e Psicologia, aplicou à Educação princípios da Psicologia Clínica, foi psicoterapeuta por mais de 30 anos. No Brasil suas ideias tiveram difusão na década de 70, em confronto direto com as ideias Comportamentalistas (behaviorismo), que teve em Skinner um de seus principais representantes.
Rogers é considerado um representante da corrente humanista, não diretiva, em educação. Rogers concebe o ser humano como fundamentalmente bom e curioso, que, porém, precisa de ajuda para poder evoluir. Eis a razão da necessidade de técnicas de intervenção facilitadoras.
Rogers morreu em 1987, aos 85 anos de idade, em franca atividade.
Principais conceitos da Abordagem centrada na Pessoa
Empatia
Requer sensibilidade constante para com as mudanças que se verificam nesta pessoa em relação aos significados que ela percebe, ao medo, à raiva, à ternura, à confusão ou ao que quer que ele/ela esteja vivenciando.
Significa delicadamente