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As pinturas feitas nos tetos tinham tamanha profundidade, que, ao levantar o olhar, os fies sentiam-se no céu. É a questão de proximidade com o Divino, o sentir-se acolhido. Para ilustrar essa profundidade, o primeiro plano era super dimensionado, dessa forma as figuras eram trazidas pra bem perto do público e havia a redução dos elementos de plano de fundo. Suas principais características cromáticas eram o uso do vermelho, azul, dourado e branco, além da característica européia do uso do claro-escuro.
Eram comuns também, os ex-votos, pinturas ou obras em geral, encomendadas pelos fiéis aos artesãos para agradecer por alguma graça recebida. Essa prática auxiliou o desenvolvimento da pintura barroca no Brasil.
Com a chegada do barroco ao Brasil, originou-se também uma produção estatuária sacra, que foi difundida por uma parte do litoral e interior do Brasil. As esculturas eram símbolos de devoção, por isso, eram encontradas tanto nas igrejas quanto nas casas. As esculturas se tornaram um bem de amplo consumo com modelos de grande e pequeno porte. As escolas mais importantes estavam localizadas em Salvador e Pernambuco. O uso de linhas e curvas foi essencial para o impacto visual, capaz de chamar atenção dos admiradores. As obras eram feitas em pedra-sabão e madeiras, materiais mais usados pelos artistas.
Os principais representantes da Arte Barroca no Brasil foram Mestre Ataíde e Aleijadinho. Mestre Ataíde nasceu em Minas Gerais e trabalhou como pintor de painéis, dourador, pintor de imagens e talhas, desenhista e ilustrador. Suas obras destacam-se pela utilização de cores puras e contrastadas, especialmente tons de azul.