Características do livro "A Cidade e as Serras" de Eça de Queirós
Elementos estruturais da narrativa
O livro “A Cidade e as Serras” é escrito em primeira pessoa, como a maioria dos livros de
Eça de Queiroz. José Fernandes é o narrador-personagem, e não se confunde com Jacinto
de Tormes que é o protagonista do livro. No início da obra nota-se que o narrador coloca-se
menos importante que o protagonista. E, além disso, dá-lhe um tratamento diferenciado,
como idealizador de Jacinto, quando o chama de “Príncipe de Grã-Ventura”, conforme apelido
estudantil do protagonista.
Características da Escola literária
A escola literária a que pertence “A Cidade e as Serras” é o Realismo e o Naturalismo em
Portugal. As características do Realismo e Naturalismo que estão presentes nessa obra são: o
objetivismo (vê o mundo como ele é), descritivismo (dá veracidade à obra), casamento
arranjado, ironia (em relação ao comportamento humano), observação e análise (fatos
presentes) e contemporaneidade (exatidão para localizar o tempo e o espaço). Podemos
encontrar também a veracidade e abundância de pormenores, com o retrato fidelíssimo da
natureza; neutralidade de coração perante o bem e o mal, o feio e o bonito, vício e virtude;
análise corajosa de vícios e podridão da sociedade; uso de expressões simples e sem
convencionalismos. Contra e a tendência escapista, o escritor encara a realidade de frente,
tematizando-as das relações humanas em seus aspectos corriqueiros , desprezando as grandes
paixões. Pratica uma análise da realidade fundada em uma visão objetiva da sociedade e do
ser humano, quase sempre de forte teor crítico. Uma importante característica desta obra é a
saída da cidade para o campo. Essa característica é do movimento literário Arcadismo.“A
Cidade e as Serras” pertence à Terceira fase de Eça de Queirós: Realista. Onde ele cria o
romance de costumes, com a análise objetiva e