Caracterização da população portuguesa entre 1960 e 2005
Estrutura etária
A evolução demográfica reflecte-se na estrutura etária da população portuguesa, a análise da estrutura etária é fundamental para o processo de planeamento nacional, regional e local, permite prever as necessidades de emprego habitação, equipamentos de educação, de saúde e de apoio a idosos.
Entre 1960 e 2005 verifica-se que a base das pirâmides foi diminuindo, o que reflecte a cada vez mais acentuada redução da população jovem. A população adulta aumentou e o topo das pirâmides alargou, como consequência do aumento da população idosa Verifica-se então, um duplo envelhecimento da população portuguesa:
Diminuição da proporção de jovens;
Aumento da proporção de idosos.
O declínio da fecundidade
O estreitamento da base da pirâmide etária deve-se à redução da taxa de natalidade e ao declínio do índice sintético de fecundidade.
Os factores que explicam a redução do índice sintético de fecundidade e, consequentemente, das taxas de fecundidade e da natalidade:
A generalização do planeamento familiar e do uso de métodos contraceptivos;
O aumento da taxa de actividade feminina, que é das mais elevadas da EU;
O prolongamento do tempo da escolaridade, o aumento do nível da instrução e possíveis dificuldades de inserção na vida activa;
O adiar do casamento e do nascimento do primeiro filho devido ao investimento na carreira profissional;
A dificuldade no acesso a habitação espaçosa, sobretudo nos meios urbanos;
O aumento da exigência e das despesas com a educação das crianças.
O envelhecimento demográfico
O alargamento do topo da pirâmide etária justifica-se pelo prolongamento da esperança média de vida da população portuguesa que se aproximou dos valores comunitários.
Em Portugal, a esperança média de vida aumentou consideravelmente na segunda metade do século XX. Esta por sua vez é maior no sector feminino do que no masculino, isto deve-se à