Liderado
Por Claudiney Fullmann
Quando uma pessoa é levada à condição de líder, várias circunstâncias podem impactar seu desempenho e o de sua equipe. Nesse momento, bons questionamentos ajudam a entender o que acontece, como: “Por que alguém se tornou chefe?”, “Seu antecessor se aposentou ou saiu da empresa?”, “Os negócios ampliaram e a empresa criou nova vaga?”, “Houve promoção interna ou recrutamento externo?”.
Em quaisquer casos, a empresa espera que o novo ocupante da posição – não importa se é supervisor, gerente ou diretor – seja responsável por obter resultados e compartilhe os valores da empresa, basilares da cultura existente ou pretendida.
Normalmente, é atribuída a esse líder uma autoridade compatível com a responsabilidade cobrada. Começa então um novo ciclo histórico: novo chefe; novas características; novas metas; novos conhecimentos, habilidades e atitudes; novos desafios e novas expectativas, tanto da empresa quanto do ocupante da vaga e das equipes de parceiros e liderados. Mesmo os já conhecidos de casa passam a usar um novo chapéu. São cobrados e cobradores simultaneamente, mudando sua rotina.
Amizade – Acredito que os casos mais complicados são os daqueles promovidos internamente. Antes da divulgação do novo papel, eles tinham o mesmo nível dos colegas de trabalho, muitos amigos pessoais, alguns até com laços familiares, e compartilhavam dos mesmos problemas e birras com o chefe. De repente, mudam as regras – de pedra vira vidraça – e de colega passa a chefe. Como fica a amizade?
Lembro-me de um filme de guerra, do qual, embora não tenha retido o nome, fixei na mente a cena: dois militares da mesma patente estavam nos acentos frontais de um jipe quando o carona recebeu um comunicado pelo rádio, dando-lhe a notícia de que passaria a ser o comandante daquele regimento. Logo a seguir, ele pediu para seu colega parar o jipe, desceu e foi se sentar no banco traseiro, passando a dar ordens ao