Capítulos XI, XII e XIII
Atendimento Precoce
Begona Espejo de La Fuente
Introdução
O termo atendimento precoce, que substituiu há poucos anos o de estimulação precoce é um conceito que muitas pessoas relacionam quase exclusivamente com a educação de bebês com algum tipo de deficiência. Nada mais distante da realidade. Este conceito refere-se a determinadas formas de intervenção educativa, utilizadas com as crianças durante os três primeiros anos de vida. É durante esta etapa que o ser humano desenvolve as bases do seu desenvolvimento neurológico, e depende diretamente da atividade sensório-motora de cada bebê. Neste sentido, uma intervenção intencional do adulto não só favorecerá a interação do bebê com o seu meio, facilitando as aprendizagens, como também servirá para prevenir, em muitos casos, lacunas ou deficiências e potencializará suas capacidades cognitivas. Cada recém-nascido tem necessidades educativas particulares, que costumam ser atendidas por seus progenitores de forma incidental, graças aos conselhos transmitidos de mães para filhas ou de mães experientes para mães de primeira viagem. A maioria deles referem-se aos cuidados assistenciais básicos (comida, passeio, roupas...) e se afastam comodamente do que deve ser um contato estreito com o bebê. (Não pegue no colo quando ele chorar. Se você o pegar, então não vai poder fazer mais nada. Não o nine para dormir. Não fique com ele muito tempo nos braços. Não o deixe chupar a mãozinha.) No caso dos bebês com algum tipo de deficiência, desde o nascimento ou durante os primeiros meses de vida, é preciso considerar que cada deficiente apresenta características determinadas, que variam de uma criança para outra, mesmo quando têm o mesmo diagnóstico. Manifestam-se, em cada caso, causando lacunas
162
ou retardes no desenvolvimento geral. O objetivo fundamental do atendimento precoce é favorecer um desenvolvimento evolutivo o mais normal possível, conhecendo a fundo as dificuldades que cada