Capítulo 13 - maquinaria e grande indústria de “o capital”
Fichamento do Capítulo XII – Maquinaria e Grande Indústria de “O Capital”
1. Desenvolvimento da maquinaria
John Stuart Mill, em seus Princípios da Economia Política, diz: “É de se duvidar que todas as invenções mecânicas até agora feitas aliviaram a labuta diária de algum ser humano”. Tal não é também de modo algum a finalidade da maquinaria utilizada como capital. Igual a qualquer outro desenvolvimento da força produtiva do trabalho, ela se destina a baratear mercadorias e a encurtar a parte da jornada de trabalho que o trabalhador precisa para si mesmo, a fim de encompridar a outra parte da sua jornada de trabalho que ele dá de graça para o capitalista. Ela é meio de produção de mais-valia. Segue a diferença entre ferramenta e máquina: matemáticos e mecânicos explicam a ferramenta como uma máquina simples e a máquina como uma ferramenta composta,o homem seria a força motriz, enquanto na máquina ela seria uma força natural diferente da humana. Toda maquinaria desenvolvida constitui-se de três partes essencialmente distintas: a máquina-motriz, o mecanismo de transmissão, finalmente a máquina-ferramenta ou máquina de trabalho. A máquina-motriz atua como força motora de todo o mecanismo. Ela produz a sua própria força motriz, ou recebe o impulso de uma força natural já pronta fora dela. O mecanismo de transmissão, composto de volantes, eixos, rodas dentadas, rodas-piões, barras, cabos, correias, dispositivos intermediários e caixas de mudanças das mais variadas espécies, regula o movimento, modifica, onde necessário, sua forma. Essas duas partes do mecanismo só existem para transmitir o movimento à máquina-ferramenta, por meio do qual ela se apodera do objeto do trabalho e modifica-o de acordo com a finalidade. É dessa parte da maquinaria, a máquina-ferramenta, que se origina a revolução industrial no século XVIII.
A máquina-ferramenta é, portanto, um mecanismo que, ao ser-lhe transmitido o movimento correspondente,