capítulo 10

Capítulo 10: Estética e Mundo Contemporâneo

Poderíamos dizer que a feiúra é algo negativo e normalmente produz em nós a sensação de repugnância, ou seja, de forma sintética, a ausência do belo. E se o belo é a manifestação da harmonia, da ordem, da proporção, e feiúra é marcada pela desproporção, pela falta de medida. A beleza é compreendida como algo atraente que nos faz bem, no qual toda pessoa minimamente racional, espera e deseja e, em consequência, equivale a um sentimento de repugnância e a nossa tendência é o afastamento e a exclusão desta experiência em nossa vida cotidiana.
É bem comum que a maior parte das pessoas não refletem sobre o que é belo e feio. E infelizmente vemos predominar a superabundância da feiúra, ou seja, a feiúra como ‘atração para as massas’, como algo dado todo tempo e com um nítido caráter apelativo e comercial. Capítulo 11: Cultura de Massa e Indústria Cultura

O que vem a ser a indústria cultural? Ela é boa ou má para o homem? E adequada ou não ao desenvolvimento das potencialidades e dos projetos humanos? A indústria cultural tem relação com os meios de comunicação de massa e com a cultura de massa. Iniciado pela filosofia na Grécia Antiga, o processo de desencantamento do mundo, isto é, a passagem do mito à razão, da magia à ciência e à lógica, tornou-se a marca característica da modernidade. Esse processo foi responsável por proporcionar maior autonomia às artes, liberando-as das funções e finalidades religiosas. A indústria cultural e a cultura de massa apareceram somente após a Primeira Revolução Industrial, no século XVIII. Mas, embora essa revolução seja uma condição básica para a existência daquela indústria e daquela cultura, ela não é condição suficiente. É necessário acrescentar nesse quadro a existência de uma economia baseada no consumo de bens. Durante as revoluções industriais, é criado um quadro de submissão do ritmo humano de trabalho ao ritmo da máquina, traço este que marca a sociedade