Capitães da Areia

HISTÓRICO:
Publicado em 1937, pouco depois de implantado o Estado Novo, este livro teve a primeira edição apreendida e exemplares queimados em praça pública de Salvador pelas autoridades da ditadura.
2ª geração modernista (30-45): 2ª Guerra Mundial/Getúlio Vargas/Revolução Constitucionalista/Crash de 29  Social/Regionalista/Neorrealismo/Geração de 30.
ESTRUTURA:
4 PARTES:
Cartas à redação.
Sob a lua, num velho trapiche abandonado (condição de vida).
Noite de grande paz, da grande paz dos teus olhos (Dora).
Canção da velha Bahia, canção da liberdade (desfecho).
AUTOR:
2 FASES:
1ª politizada  Capitães da Areia, Terras do Sem Fim.
2ª sensualidade/Bahia tropical Tieta do Agreste, Dona Flor e Seus Dois Maridos, Gabriela Cravo e Canela.
AUTOR COMUNISTA:
Visão politizada do mundo e das relações sociais.
Oposição clara: ricos X pobres  capitalismo.
ENREDO:
O romance não tem propriamente um enredo: nisso reside sua modernidade; rompe com a tradição do romance tradicional; é montado por meio de quadros mais ou menos independentes.
O problema é real, por isso não tem um desfecho. Não há começo, meio e fim.
A força da narrativa advém do enredo solto, maleável, que parece flutuar ao sabor das aventuras dos meninos.
O autor intercala: notícias de jornal, pequenas reflexões políticas e a narração propriamente dita.
CARTAS:
Estilos diferentes: diretor, padres, mãe, juiz…
Catáfora: adianta detalhes do enredo.
Importantes visões de mundo e pontos de vista diferentes.
“Jogo de empurra”: de quem é a responsabilidade sobre os meninos?  ninguém assume.
Notícias ao longo do enredo.
PERSONAGENS:
PEDRO BALA: líder dos meninos.
JOÃO GRANDE: força física/pouca intelectualidade.
SEM-PERNAS: deficiente físico/ódio (polícia).
QUERIDO-DE-DEUS: capoeirista/marinheiro/adulto/amigo do grupo.
PROFESSOR: livros/consciência do heroico.
D’ANINHA: mãe de santo (sincretismo religioso).
PIRULITO: devoção religiosa.
GATO: malandro/sexo amante de Dalva/o elegante.