Capitulo 9
‘’ A tecnologia e as técnicas da manufatura do açúcar e a posição desse produto no mercado internacional também estruturaram as relações sócias e criaram e reforçaram posições mantidas por vários grupos: senhores de engenhos, comerciantes e escravos. Embora desde do início sempre existisse outros grupos e outras atividades no Brasil português, o açúcar, o engenho e a escravidão desempenham papéis cruciais na danificação e conformação da sociedade brasileira’’ (p 209)
‘’ O Brasil- colônia foi uma sociedade escravista não devidamente ao óbvio fato de uma força de trabalho ser predominantemente cativa, mas principalmente devido às distinções jurídicas entre escravos e livres, aos princípios hierárquico baseado na escravidão e na raça, às atitudes senhorias dos proprietários e á deferência dos socialmente inferiores. Através da difusão desses ideias, o escravismo criou fatos fundamentais da vida brasileira’’ (p 209)
‘’ Foi uma sociedade de múltiplas hierarquias de honra e apreço, de várias categorias de mão-de- obra, de complexas divisões de cor e de diversas formas de mobilidade e mudanças contudo, foi também uma sociedade com forte tendência a reduzir complexidade a dualismos de contraste – senhores / escravos, fidalgos / plebeu, católicos / pagão – e a conciliar as múltiplas hierarquias entre si, de modo que a graduação, a classe, a cor e a condição social de cada indivíduos tendessem a convergir’’ ( p 209 – 210)
Ideologia social e realidade Brasileira
‘’ No século XVI, Estado e sociedade eram inseparáveis em termos teóricos; o primeiro representava a orientação da segunda e tinha um papel fundamental no controle e regulamentação do relacionamento entre grupos. Em teoria, pelo menos, a sociedades dividia- se em três ordens ou estados tradicionais, cuja posições foram originalmente definidas pelas funções mas posteriormente