Capitalismo e a Globalização
A globalização
O capitalismo é cada vez mais informacional e global. Nenhum país está imune aos interesses das grandes corporações e à crescente circulação de capitais, mercadorias, informações e pessoas, características importantes da globalização. Mas o que é exatamente esse processo?
A globalização é o atual momento da expansão capitalista. Pode-se afirmar que ela está para o capitalismo informacional assim como o colonialismo esteve para a sua etapa comercial ou o imperialismo para o final da fase industrial e início da financeira. Trata-se de uma expansão que visa aumentar os mercados e, portanto, o lucro, o que de fato move os capitais, tanto produtivos quanto especulativos, no mercado mundial. Esta é a razão de, com o processo de globalização, haver se disseminado, com base no governo norte-americano (além do britânico) e em instituições por ele controladas, como o FMI e o Banco Mundial, o neoliberalismo - que se contrapõe ao keynesianismo. O neoliberalismo tem o objetivo de reduzir as barreiras aos fluxos globais, o que beneficia notadamente os países desenvolvidos e suas corporações multinacionais, embora alguns países emergentes, como a China, os Tigres Asiáticos, o México e o Brasil, tenham recebido investimentos produtivos e ampliado seu comércio mundial. Por esse motivo, os países em desenvolvimento têm sido pressionados, até para poderem obter novos empréstimos internacionais do FMI, a adotar medidas, como redução do papel do Estado na produção com a privatização de empresas estatais, abertura de mercado a produtos importados e flexibilização da legislação trabalhista. Deve ser mencionado, no entanto, que, mesmo em países desenvolvidos, as políticas neoliberais têm imposto perdas aos trabalhadores, com reformas previdenciárias e cortes nos gastos sociais, por exemplo.
Na atual etapa de expansão, o capitalismo - e esse é um aspecto inédito - pode prescindir da invasão e da ocupação territorial, o