Capitalismo parasitário

BAUMAN, Zygmunt. Capitalismo parasitáro: e outros temas contemporâneos. Rio de Janeiro: J. Zahar, 2010.

RESENHA CRÍTICA

Na obra Capitalismo Parasitário Zygmunt Bauman aborda a situação atual no mundo todo, em que há pessoas com dividas altíssimas e acabam contraindo mais e mais débitos acreditando que conseguirão assim quitas as primeiras. Sendo este um caminho quase sempre sem volta, Bauman nos alerta que é necessário imediatamente uma mudança no comportamento de toda a sociedade, para uma alteração de sociedade consumista para uma sociedade com consumo consciente. Essa é uma realidade no Brasil, em que cada vez mais a classe média e baixa se afundam em compras a crédito, grandes vítimas dessa situação são os jovens, que não conseguem controlar seus gastos conscientemente.
O autor utiliza a expressão “terras virgens” para caracterizar aqueles consumidores ainda não explorados pelo capitalismo, o parasita social. É cada vez mais raro encontrar esses chamados de terras virgens, para os credores, os clientes que pagam seus débitos antes que estes acumulem juros sobre juros são clientes ruins, considerando que é dessa condição de juros em juros que as empresas obtém seus lucros. Bauman defende a ideia de que é necessário voltarmos aos tempos em que só se comprava quando o dinheiro estava em mãos, a compra a crédito traz a ilusão de facilidade, mas a curto prazo prejudica o consumidor e o coloca na famosa “bola de neve” em que a dívida só aumenta, ficando cada vez mais difícil sair dela.
No primeiro capítulo o sociólogo faz referência ao “tsunami financeiro” como consequência da ilusão de prosperidade agora e sempre gerada pelos bancos e mercados que inicialmente eram vistos como a única solução para a quitação de dívidas e no fim, estes vieram apenas criar mais problemas financeiro. Para Bauman e para todos nós, o capitalismo é um sistema parasitário, e assim, como todos os parasitas ele procura outro hospedeiro. Nesse sistema o indivíduo devedor é capaz de