Capitalismo Parasitário
Curso de Direito
Disciplina: Sociedade e Contemporaneidade
Prof.ª Louise Costa Lage
Capitalismo Parasitário
BAUMAN,Zygmunt(1925) Capitalismo Parasitário: e outros temas contemporâneos / Zygmunt Bauman Tim May; tradução Eliana Aguiar.-Rio de Janeiro:Jorge Zahar Ed., 2010.
Resumo: O autor apresenta o capitalismo parasitário como aquele que produz indivíduos eternamente devedores,cujos credores se nutrem com os juros pagos e descreve de maneiras a indução ao consumo desmedido propicia tal conexão. A cultura de ofertas em que vivemos é o denominador comum para que o consumidor e o mercado se vinculem e se abasteçam mutuamente.
O primeiro capítulo, explica que o capitalismo é um sistema parasitário, porque se instala em um “organismo hospedeiro”, consumindo-o e, em consequência, prejudicando-o e destruindo-o. O parasita a que se refere o autor é a força do capitalismo que busca incessantemente novos lugares para se fazer ampliar, ou seja, novos mercados. Um exemplo está na última crise causada pela aventura das hipotecas subprime em que os bancos norte-americanso financiaram indivíduos desprovidos dos requisitos para empréstimos bancários sem garantias. A expressão material deste parasitismo é o cartão de crédito, que com seu slogan “não adie a realização do seu desejo” induz o consumidor a gozar sem cessar, pela aquisição de objetos e signos mesmo quando não puder pagar à vista para obtê-los. No capitalismo parasitário a ausência de débitos não é boa para os emprestadores porque não se paga juros. O “devedor ideal” é aquele que jamais paga integralmente suas dívidas porque os juros são o alimento do “parasita”. Assim, a contração do crédito decorrente da crise economica mundial de 2009 não foi devida ao insucesso dos bancos; ao contrário foi devida ao extraordinário sucesso destes porque ao introduzir a regra do “compre agora e pague depois” produziu e produz, em série, indivíduos endividados1. “Como poucas drogas,