Capitalismo Neocorporativista no Brasil

794 palavras 4 páginas
Posted on 16/04/2012 by Fernando Nogueira da Costa

Levantamos a hipótese de que se está se configurando um Capitalismo de Estado Neocorporativo no Brasil.

O Capitalismo de Estado chinês (sob domínio do PCC) e o russo (sob ex-KGB) são derivados de experiências históricas com “Socialismo de Mercado” e, claramente, se diferenciam do Capitalismo de Mercado norte-americano. O Capitalismo de Estado brasileiro possui Estado interventor, indutor e regulador, que propiciou “salto de etapas históricas”, antes percorridas por países de capitalismo maduro, mas ele ainda busca conquistar maior autonomia tecnológica e financeira.

O Neocorporativismo é forma particular de intermediação de interesses entre sociedade civil e Estado em regime democrático. Nele, os interesses gerados na sociedade civil são organizados, seja em sindicatos dos trabalhadores, seja em associações empresariais, cujas estruturas internas centralizadas e hierárquicas impõem quase como obrigação a militância político-partidária para obter apoio à ascensão a postos com poder de decisões estratégicas.

Desde a obra de Oliveira Vianna, firmou-se a tradição brasileira de “elitismo autoritário”, que denuncia a inadaptação da República a modelo político alheio à realidade social do País, inspirado no padrão norte-americano e incapaz de organizar o povo brasileiro, destituído da vontade política necessária ao liberalismo. De acordo com essa visão elitista da sociedade brasileira, a superação do atraso não pode resultar da ação espontânea desse povo sem formação cívica, mas somente das elites formadas nas classes profissionais e econômicas.

A realidade política de cooptação perdura ao longo dos tempos em terras brasileiras, pois o fosso entre o topo e a base da pirâmide social tende a se esvair em clientelismo. Cede lugar, sobretudo na mente dos que mandam, à ideia de complementaridade harmoniosa entre funções de direção e funções de execução. Para as primeiras estariam predestinados os membros da

Relacionados

  • Reestruturação Produtiva no Brasil
    3050 palavras | 13 páginas
  • Gest o em RH
    7525 palavras | 31 páginas
  • A NOVA FACE DO SINDICALISMO NOS GOVERNOS NEOLIBERAIS DE COLLOR E FHC (1990-2002)
    4426 palavras | 18 páginas
  • Movimento sindical e operario
    7294 palavras | 30 páginas
  • Servico social em tempos de capital fetiche
    16171 palavras | 65 páginas
  • sindicalismo no brasil
    6070 palavras | 25 páginas
  • Ergonomia
    4835 palavras | 20 páginas
  • Sindicatos no Brasil
    6050 palavras | 25 páginas
  • Brasil em contra reforma
    12164 palavras | 49 páginas
  • Globalização compelto
    15071 palavras | 61 páginas