Capitaes de Areia
O livro “Capitães da Areia”, publicado em 1937, depois da revolta das vacinas, em 1904 mostra, dentre vários problemas sociais, a precariedade da saúde para quem sofre com a falta de oportunidade e informação.
O capítulo “Alastrim” mostra como os pobres sofriam com a bexiga e varíola, muitos portadores da doença eram levados ao lazareto e submetidos, frequentemente, á morte pela falta de vacina, que chegou apenas para os ricos. Dentre tantos problemas sociais descritos no livro, esse capítulo relata claramente os privilégios dos ricos em relação à saúde e educação.
A revolta das vacinas chegou com muita força, a população tinha carência de conhecimento e informação sobre tal imunidade, por isso, alguns a recusavam. Os mais necessitados, por conta da falta de publicidade, passaram a entender a vacina como algo ruim e sendo assim a doença foi se alastrando. No artigo “O aspecto social em Capitães da Areia de Jorge Amado” o trecho em que o autor diz “Alastrim, doença variante da Varíola, que se espalha pela Bahia e faz com que as pessoas necessitem e sofram com a falta de assistencia pública” mostra que a precariedade de informação para os pobres era tremenda.
Mesmo depois de ter passado muitos anos os garotos ainda não tinham acesso á vacina, morriam muitas pessoas por causa disso. O que temos que levar em conta é que as pessoas não morriam apenas porque não queriam se imunizar, e sim porque não tinham a consciência de que aquilo era realmente bom, pois as camadas superiores não esclareciam a importância da proteção. Essa carência teve como consequência a morte de muitas famílias, pais e mães deixaram seus filhos, como por exemplo, Dora e Zé Fuinha que aparecem no livro no capítulo Filha de Bexiguento1.
Considerações Finais A falta de recursos dos capitães da areia quanto à vacina pode ser entendida pela ausência de informação para os mais necessitados, que estavam expostos à falta de saneamento básico e,