Cap 7 Giambiagi resumo
2 mandatos FHC: 95-98; 99-2002
A Batalha da Estabilização
O 1º governo FHC foi dominado pelo tema da estabilização, em função da memória dos planos fracassados nos 10 anos prévios.
O ano de 1995 e o próprio gov se iniciaram sob intensa pressão, por diversas razões:
(i) A economia se encontrava em claro processo de superaquecimento.
(ii) Estava em curso a crise do México, na qual a situação do BP levou a uma drástica desvalorização – com efeitos sérios sobre o currency board* argentino – o que começava a alimentar a suspeita de que regimes de câmbio rígido poderiam não acabar bem e de que o Brasil pudesse ser o próximo país a ser afetado por uma crise similar.
* Um currency board é um regime monetário e cambial no qual o país se compromete a converter, sob demanda, sua moeda local em outro ativo líquido de aceitação internacional, a uma cotação fixa. No caso argentino, a conversibilidade estava prometida em dólares e foi constitucionalmente estabelecida na paridade de um dólar por peso.
(iii) as reservas internacionais começaram a cair (devido ao crescimento da demanda agregada e a redução da entrada de K associada ao ambiente externo).
(iii) A inflação mantinha certa resistência à queda.
Assim, as autoridades reagem com um cjto de medidas, incluindo fundamentalmente 2 componentes:
(i) Uma desvalorização controlada do câmbio da ordem de 6%
(ii) Alta da tx de juros nominal
Fica claro que o gov estava empenhado em defender a nova política cambial e que não contemplava novas desvalorizações + rápida recomposição da liquidez internacional depois da crise mexicana -> investidores retornam ao país, atraídos pela rentabilidade elevada das aplicações em moeda local -> aumento das reservas internacionais.
Conclusão: nas difíceis circunstâncias de 95, o Plano Real