Cap 10
Villaça recapitula o que análises anteriores já mencionaram sobre as cidades apresentarem uma segregação das classes acima da média em uma só localização, classes que se deslocaram e automaticamente levaram o centro em sua direção. Aparece o fenômeno de “novo centro” que acaba se localizando onde se concentra as camadas de alta renda. Cresce as divisões de metrópole, a parte dos mais ricos e a dos mais pobres que acabam sendo excluídos. E isso faz com que a criação de dois centros aconteça o centro velho abandonado pelas elites, fica sendo a opção para as camadas mais pobres e a burguesia passa a usar o “centro novo”.
Villaça situa a questão sobre a burguesia estar ligada a segregação sempre em uma só região geral. De forma a continuamente manter o mesmo destroncamento territorial, segundo ele é a burguesia que de certa forma acaba controlando a maneira de produzir-se espaços urbanos, ela é um polo atrativo capaz de trazer em sua direção espaços centrais e não centrais. E por conta dessa forte influência espacial e socioeconômica da burguesia, as camadas populares passam a buscar produzir os seus próprios subcentros, optando por lugares que atendam a toda massa popular.
Consequentemente quando se trata de distribuição espacial de classes, deve-se levar em conta a distribuição dos serviços privados e públicos. Neste capitulo o autor trata de forma clara o quanto a classe alta tem larga influência para atrair serviços como, clinicas odontológicas e consultórios médicos. É evidente que além dos serviços a segregação da classe alta ocasiona outras melhorias para suas proximidades no caso do Brasil, é citado a questão das melhorias viárias, que surgiram após as camadas de alta renda se deslocarem para regiões mais distantes e automaticamente, o sistema viário responsável por essas regiões ganharem melhorias.
O grande estopim da segregação espacial se resolve a partir da burguesia, são eles que ditam o espaço