Cana de açucar
marcelo Ferrero* José Luiz Gonzaga da silva**
A maneira como atualmente as unidades sucroalcooleiras brasileiras vêm manejando seus projetos de distribuição de efluentes, principalmente a vinhaça e águas residuárias da indústria, é digna de elogios. Há consenso de que os benefícios aos canaviais advindos de um bom manejo destes efluentes compensam os investimentos para implantar a infraestrutura necessária de bombeamentos, armazenamento em campo, equipamentos para distribuição e adoção de medidas de proteção do meio-ambiente. Grande parte dos investimentos é amortizada pela substituição da compra de adubos minerais sólidos pela vinhaça e pelos resultados positivos em termos de aumento de produtividade e longevidade dos canaviais. Em face da divulgação dos critérios e procedimentos de aplicação de vinhaça no solo agrícola do Estado de São Paulo
(Norma Técnica P4.231 da CETESB - Vinhaça - Critérios e Procedimentos para Aplicação no Solo Agrícola), abre-se um espaço importante para se discutir alguns temas contidos na resolução e que merecem um aprofundamento na sua interpretação e posterior aplicação. Considerando-se o teor de potássio existente no solo, pela nova norma os resultados das análises de solo vão determinar a necessidade ou não de se expandir as atuais áreas fertirrigadas das unidades produtoras, já que, onde o solo estiver saturado de potássio, não comportará receber mais vinhaça. Se a expansão for necessária, como deverá acontecer em alguns casos, as usinas nesta situação terão de analisar as melhores alternativas disponíveis no mercado, observando obviamente os aspectos custo e adequação ambiental.
ViNhaça DiLuíDa ou Pura?
Como bem sabemos, as mais importantes características da vinhaça para sua distribuição são a presença de nutrientes, principalmente potássio e matéria-orgânica, e de água. E justamente a água presente na vinhaça e nas águas residuárias vem assumindo um papel de extrema importância dentro dos projetos de