cana de açucar

1. CANA-DE-AÇÚCAR
1.1. Origem e introdução no Brasil
O centro de origem da cana-de-açúcar ainda é muito discutido, porém, alguns pesquisadores consideram que ela seja nativa das ilhas do Arquipélago da Polinésia (CESNIK, 2004).
Há registros de que em 1515 já eram cultivadas significativas plantações de cana na Ilha de Itamaracá, em Pernambuco, mas oficialmente, foi Martin Affonso de Souza, que em 1532 incentivou a plantação de cana no Brasil, da espécie crioula, originária da Ilha da Madeira e iniciou o cultivo na capitania de São Vicente e lá ele próprio construiu o primeiro engenho de açúcar (SILVA et al., 2008). Em seguida, na capitania de Pernambuco foi implantado o primeiro centro açucareiro do Brasil (VEIGA et al., 2006). A cultura da cana e os engenhos difundiram-se na região nordeste, principalmente nas cidades de Salvador e Olinda e 50 anos depois, o Brasil passou a monopolizar a produção mundial de açúcar (SILVA et al., 2008).
Em 1837, o Brasil contribuía com apenas 5% da produção de açúcar, no entanto, com a Primeira Guerra Mundial a indústria açucareira européia foi devastada, incentivando a produção de açúcar no Brasil, boa parte em São Paulo, onde muitos fazendeiros desejavam diversificar sua produção (SILVA et al., 2008).
As dificuldades de suprimento de derivados de petróleo e durante a segunda guerra mundial, a demanda de álcool carburante chegou a substituir 42% da gasolina consumida pela frota de automóveis da Região Nordeste, entre 1942 e 1946. Na década de 50, a queda no preço do petróleo, devido à expansão da produção dos países do Golfo Pérsico, a produção de álcool se estabilizou, no entanto, após a guerra do Oriente Médio em 1973, com a quadruplicação dos preços do petróleo, o álcool voltou a ter sua importância (PANPLONA, 1984). Neste momento as Regiões Sul e Sudeste foram responsáveis por 65% do aumento da produção nacional de álcool, isso para evitar grandes deslocamentos do combustível, uma vez que as regiões citadas consumiam