Cana-de-açucar
Originária do sudeste da Ásia, onde é cultivada desde épocas remotas, a exploração canavieira assentou-se, no início, sobre a espécie S. officinarum. O surgimento de várias doenças e de uma tecnologia mais avançada exigiram a criação de novas variedades, as quais foram obtidas pelo cruzamento da S. officinarum com as outras quatro espécies do gênero Saccharum e, posteriormente, através de recruzamentos com as ascendentes. Os trabalhos de melhoramento persistem até os dias atuais e conferem a todas as variedades em cultivo uma mistura das cinco espécies originais e a existência de cultivares ou variedades híbridas.
A importância da cana de açúcar pode ser atribuída à sua múltipla utilização, podendo ser empregada in natura, sob a forma de forragem, para alimentação animal, ou como matéria prima para a fabricação de rapadura, melado, aguardente, açúcar e álcool.
Até hoje foram identificadas 216 doenças que atingem a cana-de-açúcar, sendo que cerca de 58 foram encontradas no Brasil. Dentre estas 58 doenças, pelo menos dez podem ser consideradas de grande importância econômica para a cultura (Embrapa, 1994).
As doenças mais importantes são controladas com o uso de variedades resistentes. Porém, o fato de o controle estar embutido nas características agronômicas da planta faz com que alguns produtores rurais desconheçam o valor da variedade. Entretanto, como a maioria das resistências a doenças nessa cultura é de caráter quantitativo e não qualitativo, ou seja, a resistência não é absoluta, mas gradual, muitas variedades em cultivo podem apresentar certo nível de suscetibilidade a algumas doenças (Embrapa, 1994).
Este trabalho tem por objetivo relatar aspectos gerais referentes à cultura da cana-de-açúcar, tais como sua importância no mundo, no Brasil e na região do estado de Rondônia bem como suas principais doenças e seus métodos de controle.
No mundo
A cana-de-açúcar foi inicialmente cultivada no Sul da Ásia Leste e Índia