Campeao
Quando do descobrimento do Brasil, o vasto território que, no decorrer dos séculos seguintes foi aumentado graças à ação de entradas, bandeiras, como também de acordos políticos, era habitado por numerosas tribos indígenas oriundas de várias famílias, salientando-se, dentre outras, as famílias tupi e guarani. Os primeiros contatos entre o colonizador branco e as sociedades silvícolas permitiram, em princípio lentamente, mas já no fim da primeira metade do século XVI com maior rapidez, um intercâmbio não só de ordem econômica, como também social.
Durante esse século, o território do atual Estado do Rio de Janeiro foi o palco de uma das primeiras tentativas de se fundarem feitorias, como fez Américo Vespúcio em Cabo Frio, no ano de 1503. O contato entre portugueses e autóctones desenvolveu-se rapidamente, permitindo uma certa integração entre os colonizadores e os índios, integração essa indiretamente relacionada com a chegada dos jesuítas no Brasil.
No século XVI havia tribos da família tupi espalhadas pela costa e interior do Rio de Janeiro. Habitavam as matas interioranas ou viviam próximos do litoral fluminense goitacazes, tamoios, puris, coroados e botocudos. As tribos indígenas eram geralmente nômades, pois dependiam do solo e de suas riquezas naturais para poderem se sustentar. Como membros de uma sociedade primitiva buscavam lugares onde houvesse as condições necessárias para a sobreinar o lugar onde se instalava, na medida em que o topônimo estava intrinsecamente ligada a uma característica marcante do local, estando essa correlacionada ao reino vegetal, mineral ou animal. A toponímia autóctone, partindo dessa premissa, seria o resultado lógico das vivências e necessidades dos nativos, que associavam a uma idéia acidentes geográficos, nomes de plantas, animais e quaisquer outros elementos importantes e marcantes para a cultura indígena, idéia aquela expressa então por palavras.
Analisando o mapa do Estado do Rio de Janeiro começamos