Calistenia
Calistenia é palavra de origem grega (kallós – belo; sthenos – força; sufixo – ia. No "Dictionaire Grec-Français" de A. Bailly encontramos Kalli-sthenes; para Wood, a tradução seria "cheio de vigor" ou em melhor interpretação "Força Harmônica". Assim, em português, diríamos que a calistenia (serve para promover a graça e força corporal por meio de exercícios musculares". Laudelino Freire ("Grande e Novíssimo Dicionário da Língua Portuguesa") empresta à palavra calistenia a seguinte significação: "Coleção de preceitos ginásticos para uso das crianças". Ignoramos o porque dessa limitação às crianças.
Quando ouvimos dizer que os gregos buscavam ou praticavam a calistenia, isto não significa que praticassem o que hoje entendemos por calistenia, mas que buscassem, por meio de exercícios corporais, essa força harmoniosa de que nos fala Wood.
Na nossa opinião, a Calistenia é um sistema de ginástica que encontra as suas origens na ginástica sueca e que apresenta, como características, a predominância de formas analíticas, a divisão dos exercícios em oito grupos, a associação da música ao ritmo dos movimentos, a predominância dos movimentos sobre as posições dos exercícios à mão livre e com pequenos aparelhos (halteres, bastões, maças, etc.).
2 ORIGENS E EVOLUÇÃO
2.1 Contribuição de Catherine Beecher.
Em 1828 Catherine E. Beecher fundou o "Hartford Female Seminary" em Connectticut. A escola logo se converteu na mais famosa instituição feminina de educação superior para mulheres nos Estados Unidos e sua fundadora a principal líder no movimento de educação feminina. A idéia de Miss Beecher era de que a educação física e a moral tinham igual importância que a intelectual. Foi a primeira a ensinar ciências domésticas e a escrever um livro sobre o assunto. Em 1832 abriu nova escola em Cincinnatti, Ohio. Nestas duas escolas desenvolveu um sistema de calistenia para meninas. Os exercícios consistiam em simples movimentos acompanhados de música.